domingo, 29 de junho de 2008

"Posso ajudar?"

Aqui estou para o fortalecimento de sua força. Posso ajudar você no que precisar. Faço de sua vida um grande recomeço. Sou seu motor e sua esperança de uma vida melhor. Sim, eu posso fazer acontecer, sou algo divino que apareceu no seu caminho. Trabalho através de amor. É assim que funciono, preciso de alguém para me amar, preciso de alguém pra receber o meu amor. E você foi a pessoa escolhida. Tudo ao seu redor se torna de meu interesse. Afinal somos um. Um só amor, minha felicidade é a sua felicidade. Sim, sou feliz. Feliz por ser útil, por trazer felicidade a alguém. E não esqueço de agradecer, algo que sei como ninguém. Mas não tenho a mesma perfeição para ensinar. Sim, falho com você. E sua falta de agradecimento resulta na perda da minha presença. Não faço mais parte de sua vida, e sinto pela sua inocência. Mas minha rotina agora roda a vida de outra escolhida. Recomeçar é preciso, não existe tempo perdido.


texto de Fernando Thadeu Fonseca dos Santos

domingo, 15 de junho de 2008

"Strikinik my brother Fábrica"

O primeiro mês passou. Nos quinze dias iniciais fiquei na área onde eles chamam de "montante". Junto com o Non, o Edy e o Fubá. O Edy é o regueiro, depois de alguns dias de almoço e trabalho juntos percebi que ele me lembra muito uma das hienas do filme Rei Leão. A mais engraçada por sinal com a lingua de fora e os olhos meio tortos. O Fubá foi o rapaz da cozinha que entrou junto comigo, tenho o costume de chamar os outros de Fubá, de Shevchenko, de Striknik-mybrotherCharlie( esse apelido bem considerável por sinal). O Non acabou não pegando, e o Fubá gentilmente arrumou um apelido mais formal. Agora Non é Frank, ou Frankenstein para os íntimos.
Não tenho nenhum apelido, mas gosto de colocar nos outros. Sem fazer por maldade ou coisa parecida, acaba sendo natural. Alguns até gostam dos apelidos dados por mim, mas outros nem tanto. Lembro do meu amigo da faculdade que depois de uma noite de cervejas e papos só de homens, nós fizemos uma aposta na qual se ele perdesse o chamaria de Pipi até o final do curso. Para sua sorte eu tranquei meu curso, mas o pessoal o chama de Pipi até hoje. Aposta é aposta.
Muitos na fábrica já até tem os seus apelidos, como o Kiki, Bróz, Baseado, Barro-cru, Índio, He-Man, Maravilha ( esse inclusive fica para mais tarde), Xuxa, o Estrovenga, Vovó mafalda e vários outros. Tirando os Pernanbucos e Cearas que sempre tem em algum lugar. Mas Estrovenga foi o que mais me chamou a atenção. Da onde veio toda essa imaginação de chamar alguém de Estrovenga? E o que isso significa? Quando perguntei sobre o interessante apelido, obtive a resposta de que ele é um cara muito estranho. E é mesmo, que chegaram a fazer uma mistura de estranho com Havengar. Pelo menos foi isso que imaginei. Não pode ser outra coisa!Estrovenga!?!? Que isso meu?
Mas como disse da primeira vez, personagens são o que não falta. Perto da garrafa de café, um senhor trabalhava em uma máquina grande que corta chapas. Quando tirou sua máscara de solda, me deparei com o Mel Gibson de cabelo curto, mais próximo de sua atuação em Payback( O Troco), peguei meu café e fiquei analisando a estrela ao meu lado. Ele percebeu minha avaliação e me comprimentou. Os movimentos todos a seguir só serviram para perguntar se ele era ou não o cara. Com todo aquele barulho ele me respondeu como quase todos ali.
- O QUÊ?
- Nada não, já achei.
- Ha.
- Falou!
- É!!!
Escapei por pouco, mal entrei e já estou quase arrumando confusão. Melhor deixar essas análises no pessoal mesmo e passar aqui para o Blog sem dizer nada. Já pensou se ele chama o seu parceiro de Máquina Mortífera 1, 2, 3, 4, M.M. Eternamente, M.M. reload, M.M. retroceder nunca render-se jamais, M.M. contra o Baixo Astral, e todos M.M. da sequência? Aff!




texto de Fernando Thadeu Fonseca dos Santos